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Archive for the ‘Traget Project’ Category

Crash – Acidente – Rescue life

In News, Traget Project on Outubro 25, 2006 at 8:17 pm

As actividades que fizeramos em conjunto, cujo líder era I., passaram-me de relance num flash vertiginoso de sucessão de imagens a alta velocidade. As imagens da actividade de Ordesa e Monte Perdido fixaram-se mais prolongadamente, numa sucessão interminavel entre as maluqueiras, as exorbitâncias, a dor e sofrimento, a subida e descida da montanha, os cañones, o rafting, o desmaio no abrigo em França, o regresso a Lisboa com a perna partida.

Pensei com os meus botões, “tentou de novo a sorte e cruzou a linha dos limites, mais uma maluqueira à I.”. Liguei para o C.R. e não me atendeu de imediato. Passou uma tarde, entre sentimentos de incerteza e angustia à espera de notícias. Só à noite consegui falar com ele. As notícias não podiam ser piores às primeiras horas e ainda no S.O. no Hospital em Zaragoza. A família já sabia e estava a caminho. Alguma incerteza e angústia toldava os ânimos imediatos e senti-o fortemente, quando C. me contou os resumos sobre a presença da mulher.

A operação de intervenção deixara um rasto de incerteza sobre a continuidade da linha de vida e essa era a principal angústia de todos, para além dos resultados efectivos de um acidente em que “rebentou um pneu da carrinha e andou às cambalhotas pelas bermas”.

“Como aconteceu?”, atrevi-me a perguntar. “A malta ia no autocarro de 50 lugares. Ele saiu da auto-estrada para comprar alimentos num hipermercado, carregou a carrinha com os dois jovens que o acompanhavam e meteu-se à estrada de novo. Parece que o execsso de peso e a tipologia dos pneus e jantes terão contribuído para o acidente. Ia dentro dos limites de velocidade, tinha acabado de entrar na auto-estrada, mas o rebentamento do pneu dianteiro fê-lo perder a direcção eandar de um lado para o outro. Quando terminou na valeta, fez o efeito de chicote na ocasião do embate e o choque sobre a cervical terá sido o pior”, contou o irmão. “E os outros que iam com ele?”, insisti. “Não tiveram nada de maior dano para além de uma luxações e uma perna partida. O pior mesmo foi com ele e a situação não está fácil. Vamos ver como estará depois da operação, mas para já está estabilizado”, continuou.

O pior cenário dentre os possíveis e tantas vezes comentados entre tiradas irritadas e escárnios sobreos lemas dos comandos portugueses, “a sorte protege os audazes”, tivera a pior saída e a mais temida, naquele quadro entre a vida e a morte.

“C., estou aqui no meio da actividade do RW, não posso sair de imediato, mas assim que acabe vou para aí”. “Vamos falando e vou dando notícias, agora não há nada a fazer, só esperar pelas notícias. Amanhã vou ao hospital com o L. saber como estão as coisas.”, respondeu. “ok, até amanhã então e o que precisares já sabes, conta comigo.”, disse pausadamente, tentando conter-me. “Está bem , Z.M., amanhã falamos.”

Desligou e ficou o nó apertado na minha garganta, entre a dúvida e incrudelidade da situação: o I. estava entre a vida e a morte após a intervenção das equipas de emergência e socorro e dos médicos no hospital.

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Acidente – crash

In News, Traget Project on Outubro 24, 2006 at 7:31 pm

Acidente – crash

por JA

tormenta

Decorria o ano de 2003, Agosto, primeira quinzena. A azáfama era grande por ali pelos lados da Lagoa da Ervedeira-Leiria, a realizar em Portugal a primeira edição do RoverWay 2003. O encontro de guias e escuteiros europeus estava a decorrer bem, dentro das nossas limitações e das nossas potencialidades. Muito satisfatório para os observadores europeus dos serviços europeus ali presentes, quer da WAGGS quer daWOSM. Para primeira edição de um projecto de concepção portuguesa para jovens dos 16 aos 23 anos, oriundos desde o Atlântico ao Cáspio, com cerca de 40países presentes.

A meio do 2º período da grande actividade, dia 4 ou 5 recebo uma chamada no telemóvel do meu amigo C.R.. Sei que está fora do país numa actividade de escuteiros, cujo destino era para a Suíça, acompanhando o irmão. Devido à azáfama nem sequer dei conta do toque e só mais noite dentro dei conta daquela. Pensei memso “alguma coisa me quer o C., vais ver alguma dúvida ou curiosidades de cultura geral de que tanto gosta e quer esclarecer comigo a coisa”. A intensidade das tarefas e a ocupação diária, da loja RW e dos projectos comunitários, não me deixa tempo nenhum: é dormir, comer e trabalhar para resolver as pequenas coisas de um acampamento com as condicionantes próprias em território português.

O dia seguinte não me deixou descansado um instante entre arrumar e desarrumar caixotes na “barraca” do “cigano”, tipo feira da ladra, nem onde havia que colocar os produtos de merchandising próprios, mochilas, t-shirts, s-shirts, bonés, badges, anilhas, etc. Tirando isso, a localização era óptima, a última casinha da esquerda da Praça Central e junto à Lagoa. A ajuda do Valdemar foi preciosa, bem como da sua companheira. Não fora isso e nem dava tempo para almoçar ou jantar. Revezávamo-nos para petiscar umas coisas por ali, já que o “refeitório de Campo” era longe e o tempo era curto. Lutávamos para bater os recordes diários de receitas do merchandising, uma das principais fontes de receita onde a Organização apostara forte na selecção dos produtos.

Mais um recorde batido e mais uma noite passada; novo dia e nova labuta. A notícia foi célere como o vento e arrasadora como a avalanche de uma tempestade: “o I. teve um acidente e está gravemente ferido no hospital.” “Onde, onde?” perguntei, avidamente. “Em Zaragoza, foi na auto-estrada”, disse o C.A.S., “não sei mais pormenores, foi o C.R. que me ligou”.

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